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terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Gigante voltou... mas será que acordou?

Fomos campeões.

Graças à minha lentidão, não foi possível colocar, aqui, a enquete para a escassa torcida que acessa este blog, que perguntaria se o leitor era à favor ou contra o título de campeão da Série B. Too little too late. Também, com os adversários colaborando tanto, fica difícil não ser campeão. Provavelmente, ficaria muito na cara que o Corinthians entregou os jogos e, mesmo assim, estaríamos arriscados a sermos campeões "sem querer".

Mas tudo bem.

Mano Menezes até que estava certo em sua declaração, quando disse que vergonha estava em cair para a segundona, e não em ser campeão da mesma. Já que caiu, que fizéssemos o esperado e massacrássemos os nanicos.

Mas, agora, uma pergunta paira nas dezenas de milhões de cabeças corintianas Brasil afora: "e agora?"

O gigante voltou (quase chorei quando cantei junto com a galera, no Corinthians e Paraná, que "o Coringão voltou!"), mas será que ele acordou?

Será que aprendemos com os nossos erros? Será que as falhas administrativas da gestão anterior foram corrigidas, ou será que foram só jogadas para debaixo do tapete? Será que o Kia morreu (para nós, óbvio), mesmo? Quem é esta misteriosa empresa, que anda dando partes de jogadores ao Corinthians, sem querer nada em troca?

É importante notarmos que a nossa volta à primeira divisão pode, sim, representar uma volta por cima, desde que tenhamos as respostas a todas estas perguntas e tantas outras mais, porque, apesar da renovação, esta transparência não está tão transparente assim, como dizem.

A mais recente trapalhada da diretoria repete a falta de sincronismo de outrora, uma vez que, enquanto o nosso excelentíssimo Presidente, Andrés Sanches, faz uma mal-explicada viagem para a Europa, supostamente, atrás de reforços impossíveis, nosso glorioso (e antiético) diretor de futebol, Antonio Carlos (o nosso querido "Tonhão"; quem assistiu, comigo, a final do Paulista de 1993 sabe de quem estou falando) dava entrevistas aqui, no Brasil, dizendo, em pleno começo de novembro, que acabara de "fechar a folha de pagamento de outubro" e que não sabia "como vamos fazer para fechar a de novembro, pois não há mais receitas a receber".

Enquanto isso, Mário Gobbi apronta: ele quer fazer uma festa NO SAMBÓDROMO (que é perto da sede da Gaviões da Fiel - mais oportuno, só se fosse na própria), com trio elétrico e tudo, para comemorar o "campeonato"!

Fico, e encerro aqui, com a frase atribuída a Antonio Roque Citadini (este, sim, seria um bom Presidente), mas que não sei se é real, apesar de ser genial: "Comemorar o campeonato do Corinthians na Série B é como fazer um churrasco praquele primo que acabou de sair do presídio. Você até faz, mas tem vergonha de dizer o motivo..."

Luiz Salles, corintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a Deus!