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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Apito Amigo

Na última década, no futebol, surgiu uma estratégia de marketing que passou a vender milhões em publicidade em programas de TV e rádio.  Foi criada por um senhor muito -- mas MUITO -- inteligente, que usou a marca de um dos maiores clubes do Brasil, criando uma verdadeira lenda. E as pessoas compraram.

Quem pensa que eu estou falando de Corinthians e sua torcida fanática, errou. Ou quase. Até acertou. Mas não é nada de "eu nunca vou te abandonar", nem de "aqui tem um bando de louco". É o tal do "Apito Amigo", criado pelo Milton Neves e que alavanca audiências em programas de mesa-redonda de futebol, desde a minha infância. A cultura de que o Corinthians seria sistematicamente favorecido pelas arbitragens, inclusive contra outros grandes, e de que toda a história deste clube seria manchada por "erros" de arbitragem.

Todos os torcedores de outros clubes (nem tanto os 75% restantes do Brasil, mas, especialmente, os 50% restantes do Estado de São Paulo), assim que o Corinthians vence um torneio, procuram, como loucos, desculpas de erros de arbitragem para justificar a vitória corinthiana (não, eu não abro mão do "h") e, sempre que o Corinthians perde por erros de arbitragem, em seu sentimento de revanchismo, bradam "bem-feito", "ladrão que rouba ladrão...", "e em 200x?", querendo dizer que a justiça foi feita.

Convenhamos: a massa é mesmo manipulável. CLARO que não estou dizendo, aqui, que o Corinthians NUNCA foi beneficiado pela arbitragem. Não sou burro. Mas vamos analisar, friamente, os casos clásssicos, que todos gostam de lembrar. Cronologicamente.

1993 - Semifinal do Campeonato Paulista, São Paulo 0 x 1 Corinthians

Neto fez gol impedido e gol legítimo de Palhinha, ainda em 0x0, foi anulado pelo juiz, José Aparecido. Mais detalhes sobre esta partida, mais à frente.

1998 - Semifinal do Campeonato Paulista, Corinthians 2 x 2 Portuguesa

O árbitro era o argentino Castrilli, e a Portuguesa estava em alta. Bom time, rápido, com uma defesa de dar inveja a qualquer clube grande da capital. Todos reclamam de um pênalti, dado pelo juiz a favor do Corinthians, quando o placar estava 2x1 para a Portuguesa. César, zagueiro da Lusa (que, cinco anos depois, seria rebaixado junto com o Palmeiras), para o juiz, teria colocado a mão na bola, dentro da área. O resto do mundo sabia que não. Não, mesmo! Errou! Safado (rs)! Mas, o que ninguém se lembra, é que, quando estava 0x0, a Lusa fez um gol impedido, validado por Castrilli, abrindo o placar. Errou? Safado? Errou para os dois.

2002 - Final da Copa do Brasil, Brasiliense 1 x 1 Corinthians

O Corinthians havia vencido o primeiro jogo por 2x1 e o fraco Brasiliense abriu o placar da segunda partida, num resultado que o sagraria campeão, quando Gil rouba a bola do último homem do Brasiliense e a leva, para fazer o gol. Dizem as más línguas que Gil fez falta. Será? Na época, até achei que foi, mas, depois, vendo, revendo... Discutível.

2005 - Campeonato Brasileiro

O árbitro Edílson Pereira de Carvalho confessa esquema que manipularia resultados de jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano. Ele nunca mais apitou. Foi o "bode expiatório" do caso, levando a culpa toda sozinho. O que o Corinthians tem a ver com isso? Dos onze jogos apitados por Edílson e anulados e remarcados pela CBF naquele ano, dois foram São Paulo 3 x 2 Corinthians e Santos 4 x 2 Corinthians. Novos resultados: 1x1 e 2x3. O que deveria ser feito, naquele ano? Uma sindicância, para ver quais jogos foram influenciados por Edílson, para saber, só então, quais seriam anulados? Quanto tempo levaria isso? Quais seriam os critérios? No depoimento do juiz, ele diz que, no jogo Santos x Corinthians, deveria ter favorecido o Corinthians, mas deu dois gols ilegítimos para o Santos, além de não apitar um pênalti a favor do Corinthians (apito amigo?). Enfim. Pensem o que quiserem, mas era o que tinha que ser feito. Se foi encomendado pela MSI, ou não, sei lá. Não manjo de teoria da conspiração. Mas este campeonato tem a cereja do bolo (o que corrobora com as teorias conspiratórias): Corinthians x Internacional, penúltima rodada. 1x1, mas Tinga sofreu pênalti escandaloso de Fábio Costa, mas, além de não marcar, Márcio Rezende de Freitas (o mesmo que garfou o Santos contra o Botafogo, em 1995) expulsou o volante colorado, causando revolta no universo. Não há o que discutir: apesar de Tinga se atirar (mesmo), ele teria sido cortado ao meio por Fábio Costa, se não o fizesse.

Continuando,

Enfim, erros e mais erros, né? O "campeão mundial do apito amigo", né? Encerrou o assunto, né?

Peraí. Então o Corinthians é o grande vilão do futebol nacional e os outros são as Madres Terezas de Calcutá? Tem alguma coisa de errado, aí...

Me dei ao trabalho de buscar alguns links e mostrar algumas coisas para vocês (me limitei ao quarteto paulista, já que são as histórias que eu conheço do futebol nacional, ok? Mas não me esqueci do Vasco, por exemplo):

Década de 1960 - O Santos imbatível de Pelé.

É fato. Saiu na imprensa: Santos tinha um livro negro, que registrava todo o caixa dois do clube, que pagaria a árbitros de futebol por vitórias (inclusive, sim, cobrindo ofertas dos outros clubes, que queriam uma "ajudinha" para vencer o Santos de Pelé), além de, em suas excursões pelo mundo, levar dirigentes da extinta CBD, em troca de favores em campeonatos nacionais. Escutei depoimentos de gente que viveu a época, inclusive de santistas. Não achei muitos links na internet, exceto este aqui:

http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/03/15/grandes-escandalos-do-futebol-brasileiro-o-livro-negro-do-santos/

São Paulo - Rebaixamento, mudança de regulamento no meio do campeonato e um estádio construído com o dinheiro do povo.

Em 1991, o São Paulo foi campeão paulista em cima do Corinthians. O que muita gente sabe é que o São Paulo jogou, no mesmo ano, uma divisão menor do Paulistão, só jogando contra um clube forte, mesmo, na final. Por que isso? Porque, em 1990, nos regulamentos do Campeonato Paulista que encontramos hoje, há os dizeres "não haverá descenço" e o São Paulo, mal naquele ano, ficou no grupo "dos fracos", mas não caiu. o que pouca gente sabe é que o regulamento do Paulistão90 foi modificado no decorrer do campeonato, na surdina, porque a tragédia era prevista.

http://blogdopaulinho.wordpress.com/2009/01/21/documento-oficial-da-fpf-diz-que-sao-paulo-foi-rebaixado-em-1990/

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI24813-15260,00-O+DIA+EM+QUE+O+SAO+PAULO+FOI+REBAIXADO.html

E olha como o Estádio do São Paulo foi construído:

http://prafalardecoisas.wordpress.com/2011/06/01/detalhes-da-construcao-do-morumbi/

1993 - José Aparecido e o "Esquema Parmalat".

Esse, é autoexplicativo, não vou ficar me alongando.

http://marcalneles.blogspot.com.br/2011/09/blogueiro-diz-que-campeonato-paulista.html

http://doutoresdofutebol.blogspot.com.br/2011/12/se-nao-fosse-o-esquema-parmalat-o.html

Isso explica o jogo do São Paulo x Corinthians, do mesmo ano.

1999 - Quartas de final Copa Libertadores - Palmeiras 3 x 2 Corinthians

O Corinthians havia vencido o primeiro jogo por 2x1 e só precisava de um empate contra o Palmeiras de Felipão. Saiu vencendo por 2x0. No segundo tempo, mais aguerrido, o Palmeiras empata. O Corinthians marca um gol legítimo, anulado pelo árbitro. depois, em um ataque palmeirense, Gamarra dá um carrinho na bola, dividindo com Alex. A bola sobra para Nei, que pula sobre ela. O juiz marca recuo de bola no lance. Quando todos do universo se perguntam "o que foi que ele marcou?", Gamarra resolve perguntar ao próprio e escuta a resposta: "um craque como você não vai me dizer que não premeditou fazer isso."

Resultado, 3x2, pênaltis e o resto é história.

Continuando, de novo...

Enfim, chegamos ao ponto: Quem nunca teve arbitragem à favor?

O Santos, nos campeonatos paulistas dos últimos anos, vem sendo sistematicamente favorecido pela arbitragem, em troca de usar seus titulares na competição. Haja visto o último Corinthians x Santos, domingo, no Pacaembú.

O Santos, cuja torcida tem "complexo de Portuguesa", sempre achando que, no fim, a decisão é sempre em prol dos clubes da capital. E ano passado, que teve o gol mais impedido de todos os tempos marcado a favor do Santos? Punição para o juiz? Apitar a segunda final do Paulistão 2013, na Vila Belmiro.

E ainda tem, atualmente, o site do "Placar Real", que, no último campeonato Brasileiro, mostrou que o Corinthians foi o mais prejudicado pela juizada, além do Santos ser um dos mais ajudados:

http://www.placarreal.com.br/

O jogo do Corinthians x Boca Juniors de ontem não teve justiça feita. Um time que ganha um jogo de 3x0, com possibilidades de ampliar o marcador para 5x0, precisando ganhar apenas de 2x0 para classificar, e que olha, aos 48 minutos do segundo tempo, no placar e vê o resultado de 1x1 não é justiça.

É roubo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

101

101.

Não, não estou começando a escrita binária de algum código em linguagem de computadores, esta é a idade que, hoje, completa um dos mais tradicionais clubes do mundo: o CORINTHIANS.

Ontem, depois do 3x2 contra os gaúchos de azul (era pra ser mais pro Corinthians, menos pros gaúchos de azul, mas a corneta vai ficar guardada, hoje), depois de ver os da Turiassú, da Vila Sônia e os cariocas de vermelho e preto (como é? os catarinenses azuis só tinha ganhado do Corinthians, na Ressacada?) ficando mais longe, eu já estava feliz, mas, qual não foi a minha surpresa, quando me preparava para dormir, na virada da meia-noite, quando comecei a escutar os rojões em festa pelo ano de 101.

E eu sei que, neste momento, vai ter um monte de gente invejosa, dos outros clubes da capital, outro que é do litoral e os de outras capitais, também, argumentando que é um clube sem história, sem estádio e blá, blá blá. Mas estes também ficam na gaveta, hoje.

Um clube que nasceu à luz de um lampião, numa reunião de operários num bairro operário, "do povo para o povo" (o único de São Paulo que tem seu marco zero cravado na calçada), o maior campeão Paulista da história, campeão de todos os campeonatos históricos que disputou, quatro vezes campeão Brasileiro (o quinto campeonato está chegando...), CAMPEÂO MUNDIAL DE CLUBES (e o primeiro reconhecido pela FIFA).

Um clube que conseguiu dividir o Maracanã com o Fluminense numa semifinal de campeonato Brasileiro, parando o país, pois a Via Dutra era só nossa no caminho São Paulo-Rio.

Um clube que, ao contrário dos outros, ficou 23 anos sem vencer um campeonato e, ao invés de quase sumir (como os do litoral) ou virar um campo de batalha (como os da Turiassú, hoje), virou o que é: a maior torcida do maior Estado da Federação, o maior clube, o time a ser vencido por todos, o mais invejado.

(Pausa para dar moral a outro clube: dentro do que estou falando agora, me desculpem os do litoral - convivi com eles minha vida toda, sou de Santos -, me desculpem os da Vila Sônia - por mais que vocês tenham ganhado títulos recentemente, por mais que estejam com o nariz mais empinado do universo, mas os únicos rivais do Corinthians são os da Turiassú)

101.

E está óbvio que o melhor está por vir. Preciso fazer justiça, aqui, e dizer que houve um divisor de águas na gestão do Corinthians, desde que fomos para o limbo, em 2008. Aliás, nem conheço o termo direito, mas acredito que tenha havido um "choque de gestão", quando a gestão anterior, que venceu títulos, é verdade, mas colocou o clube na bancarrota, saiu, para entrar o atual presidente, Andrés Sanches, que modernizou a direção, construiu um belo patrimônio físico para o Clube, com o CT mais moderno do País, dando infra-estrutura para queles dos quais só era exigido raça, em campo, e, agora, podemos exigir mais, e o início da construção da nossa terra Santa, a Judéia para o Povo Hebreu: O Estádio em Itaquera.

(Mais uma pausa, para mais uma explicação: não é que nós não tínhamos um estádio. Temos o Alfredo Schürig, lá no Parque São Jorge, mas um estádio para 18 mil pessoas, com todo o respeito aos do litoral, há meio século já é pequeno demais e, com todo o respeito aos cariocas, o Pacaembú, apesar de ter sido nossa casa este tempo todo, é público e time grande não pode ficar morando de aluguel. Isso sem contar o estádio da Vila Sônia, que, apesar de ter sido, em várias ocasiões, o Salão Para Festas Corinthianas, também não é nosso)

Aí, os invejosos vão dizer: "Mas vocês não têm a Libertadores".

A estes, eu digo: "calma". Lá na década de 80, quando já éramos o maior campeão Paulista, quando os campeonatos estaduais eram mais longos, mais difíceis e, até, mais importantes do que o Brasileiro, e ninguém ligava pra essa tal de Libertadores, diziam que o Corinthians só ganhava Paulista. Daí, em 90, o Neto ganhou nosso primeiro Brasileiro e correram e acharam a tal da Copa Toyota. Um jogo que, antes, ninguém dava a mínima e, até a FIFA criar um mundial de verdade, nem os Europeus ligavam. Daí, o Corinthians ganhou o primeiro que valeu. E, daí, passaram a dar um valor muito maior a um torneio que, sim, é importante, mas não é o único que existe.

(Mais uma pausa: até ontem, a Inter de Milão não tinha uma Champions League. Um dia a Libertadores vai ganhar um Corinthians na sua galeria de campeões. E vai se tornar um torneio mais respeitável)

E, hoje, podemos comemorar, depois que quase duas décadas de obscuridade e corrupção, o fato de sermos pioneiros no nosso país na transpaência de gestão, com relatórios financeiros e institucionais com base em regulamentos de instituições internacionais de transparência, pioneiros, também, em preocupação ambiental, pois, dentre várias atitudes do nosso clube, a cada jogo do Corinthians, a cada jogo que o Júlio César não sofre gols e a cada gol que nossos jogadores marcam plantamos cem árvores numa reserva, somos o único clube brasileiro a ter um canal de TV com programação 100% nossa, o clube brasileiro com maior espaço em mídia, maior faturamento (e o quarto maior patrocínio de camisa do mundo, perdendo apenas para Manchester United, Real Madrid e Bayern de Munique) e maior fluxo de caixa e, além de tudo isso, somos líderes do campeonato Brasileiro.

Quer mais?

Acho que só as vitórias, né? Porque é assim que somos felizes, os corinthianos (com "th", mesmo): de vitória em vitória.

Parabéns, Corinthians.

101.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Maior que Tudo Isso

Resolvi escrever uma trilogia corinthiana essa semana. É fim de ano, fim de Brasileiro, fora o Inter, que disputa, no nosso lugar, o Mundial, ninguém quer saber de mais nada:

É tempo de balanços, retrospectivas e perspectivas.

A retrospectiva, eu já fiz, né? Não preciso ficar falando, de novo, de Libertadores, Brasileirão e tal. Todo mundo já sabe a minha opinião sobre as derrotas deste ano. Então, vamos fazer o balanço, já que precisamos saber quem deve ficar e, mais importante, quem pode, quem deve e quem vai, feliz ou infelizmente, sair do elenco, na humilde opinião de quem vos escreve.

Vou começar pelo time titular, depois pego os reservas... rs

Julio César - Pegou o bonde andando, deu conta do recado, sofreu com o desmonte do time pelas contusões (não as suas, claro), fez a diferença na reta final. Vacilou no gol do Goiás, na última rodada, mas, se não fosse por ele, nem chegaríamos lá com chances de tentar. E não foi culpa dele (nem de ninguém, na minha opinião, apesar de eu achar que poderia ser diferente) a apatia do time nos minutos finais do Campeonato. Sejamos realistas: mesmo pessoas como eu, que se forçam a acreditar até o último segundo, tem que admitir que já tinha ido. Até Marcos (o de Palmeiras) já errou assim. Julio é o goleiro para 2011.

Alessandro - Admito: não é o lateral dos meus sonhos. Mas já ouvi falar que é um dos líderes do time dentro e fora do campo. E é do jeitinho que o torcedor do Corinthians (e eu incluso, por mais contraditório que isso possa soar) adora: raçudo, esforçado, não desiste nunca. Sei que estou falando muito do jogo do Goiás, mas é nessas horas que a gente vê quem é o que: o cara, mesmo com o time entregue, estava no campo inteiro. É o nosso lateral e é titular.

Chicão - É o cara. Mas precisa se cuidar mais, pra se machucar menos. Fez falta, tanto na série sem vitórias, quanto no fim do jogo final, quando ficamos sem batedor de faltas pela esquerda.

William - Fará falta, Capitão. No meu próximo post, falarei de quem deve substituí-lo.

Roberto Carlos - O melhor lateral esquerdo que já vi jogar.

Ralf - Essencial.

Jucilei - Craque.

Elias - Vai fazer MUITA falta. Boa sorte lá na Espanha, meu velho, queria que ficasse, naquele esquema que vc disse no meio do ano: contrato vitalício. Infelizmente,te fizeram ir.

Bruno César - Tem muito futuro. Precisa aprender a jogar coletivamente e a acordar mais o jogo todo. Precisa, também, de ajuda, pra dividir a marcação, até porque não é nenhum fenômeno, só é um excelente jogador.

Dentinho - Precisa se acalmar e jogar mais pro grupo, também. Já sabemos do que é capaz, e nossos olhos brilham só de imaginar. Espero que fique.

Ronaldo - O que dizer de um cara que esteve em quatro copas, atuou e três, ganhou duas, é o maior artilheiro de copas em todos os tempos...? Ele tem que se cuidar, pra jogar o máximo de partidas, o melhor que for possível, pra ter a apoteose que sua carreira merece. Nada de melancolia: títulos!

RESERVAS

Bombadilha - Cara, o que você veio fazer aqui? Na boa, sei da sua história com Andrés, muito legal, bonito, mas...

Moacir - Você começou razoável, continuou ruim e terminou péssimo. Sei lá, boa sorte pra onde quer que vá (se for...).

Paulo André - É o cara pra substituir o Capitão, pelo menos dentro do elenco. Esperamos que continue.

Leanro Castán - Já ouviram falar da expressão "reserva de luxo"? É assim que eu vejo essa
dupla de zaga reserva do Timão, que seria titular em 80% dos times brasileiros da Série A.

Tiago Heleno - Aposta errada. Mas é novo. Dizem que tem futuro. Vamos ver.

Dodô - Boa aposta pro futuro, mas parece que estão querendo esconder o garoto...

Edu - Bom fim de carreira...

Paulinho - Bom reserva para Elias, péssimo reserva para Ralf. Veremos...

Boquita - Seria a hora de ir, não seria?

Danilo - Ótimo reserva. Vamos ter que ver se vai se contentar com isso.

Defederico - Moeda de troca???

William Morais - Boa promessa. Parece ser craque.

Iarley - O que pensar desse cara? Acho que funciona esquema Tupãzinho...

Jorge Henrique - Craque.

Souza - Mais uma chance a ele...

Taubaté - Sem nota (rs).

Deu pra ver que nosso elenco é bom. precisa contratar uns reservas e umas peças pra repor as possíveis e as consumadas perdas... próximo Post, falo de tudo isso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Não foi hoje. Quem sabe, amanhã!

É difícil escrever num momento como esse, não é?

Muito.

Mas acho que nós não podemos baixar nossas cabeças: parece clichê, mas, um campeonato perdido nos detalhes, depois de muita luta, na última rodada, não significa que perdemos o primeiro lugar. Conquistamos o terceiro.

Claro que não fomos um time perfeito, mas quem foi? Começamos muito bem, e íamos bem enquanto tínhamos nosso técnico, Mano Menezes, que, apesar de criticado por muitos, era um cara que sabia as peças que tinha no elenco e as tinha à disposição, para o que desse e viesse. Éramos líderes e, em nome do bom relacionamento do nosso presidente com o da CBF (isso, eu não aprovo de jeito nenhum), Mano foi pra seleção.

Mano. O nosso Mano. O Mano dos manos.

Mas tudo bem. Nossa diretoria tinha um ás na manga, que parecia muito bom - muito bom, mesmo. Tão bom que eu aprovara de imediato e alimentava a esperança de que Adílson Batista fosse ainda melhor que Mano, uma vez que fora técnico de um cruzeiro que jogava bonito sem desguarnecer da defesa, coisas que Mano não conseguia consiliar, mesmo que em sua vitoriosa trajetória.

Começou bem, mas Adílson perdeu o fio da meada, se indispôs com o grupo e, de repente, vimos William, Chicão, Ralf, Ronaldo, Jorge Henrique, Dentinho, Bruno César e, até mesmo, os incontundíveis Alessandro e Roberto Carlos foram parar no Departamento Médico, e amargamos uma sequência de sete jogos sem vencer. Sem Ralf, foram quatro derrotas e um empate!

Daí, Adílson teve que sair (melhor pra ele, melhor pra nós), Tite veio, voltaram Ralf (!), William, Chicão, Ronaldo, Bruno César, Roberto Carlos e Alessandro e, então, vencemos (ops! engano: empatamos! No campeonato que compramos, nos tiraram DOIS GOLS contra o Bugre) o Guarani!

E aí, veio o lema: "enquanto há vida, há esperança". Ou, como sabiamente alterou Yule Bisetto, blogueira do Globoesporte.com, "enquanto há CORINTHIANS, há esperança e, de lá pra cá, foram só dois empates e o resto de vitórias.

E ainda voltaram Dentinho e Jorge Henrique - este último, que só voltaria ano que vem (!).

Se nosso final de campeonato foi tão bom, por que, então, um time, que nunca saiu dos três primeiros lugares, não conseguiu ser campeão?

Será que foi porque o Palmeiras e o São Paulo entregaram seus jogos? Não acho. Mesmo que o tiverem feito, o Corinthians tinha time pra fazer melhor e não depender destes tropeços do Fluminense. Claro que, em condições normais, eu concordo que o Flu nunca faria seis pontos aqui em São Paulo, mas, enfim...

Então, foram os jogadores que não tiveram vontade? Também discordo. Em partes, também, mas discordo. Sei que disse, aqui, da apatia do time contra o Vasco, e esse foi um dos jogos-chave, pelo menos pra mim, mas, vendo o que o time fez nas últimas rodadas, não dá pra acreditar em falta de vontade.

Então, foi o jogo contra o Vitória... e contra o Goiás, também? Olha... o empate no Barradão é um resultado absolutamente normal e, no Serra Dourada, mesmo que eu tenha dito - e, realmente, acreditei até o último segundo - é possível acreditar no desânimo dos jogadores, depois de saber do gol do Flu.

O que foi, então? Sinceramente, um pouco de tudo e mais um pouco.

E não podemos esquecer que, do lado do Flu, tinha o técnico que, depois deste, ganhou quatro dos últimos cinco Campeonatos Brasileiros. E, do lado do Cruzeiro, tinha um time muito respeitável. E vamos lembrar, também, que, num campeonato de 38 rodadas, nove meses, sempre há percalços, sempre há detalhes, detalhes e mais detalhes. Perdemos hoje, venceremos amanhã.

E sabe por que tenho esta certeza? Porque o Corinthiano (sim, assumi o Corinthiano com H) não vive só de títulos.

Nós somos muito mais do que isso.

Nós vivemos de CORINTHIANS.

Mesmo.

Luiz Salles, cotintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a deus!

domingo, 21 de novembro de 2010

"É o time do Povo! É o Coringão!"

Era a vigésima nona rodada do Brasileirão. O Corinthians tinha acabado de fazer o "jogo a menos" que tinha, contra o Vasco, e completava seis jogos sem uma vitória. Adílson acabava de ser demitido e eu, ao ir almoçar, conversava com o dono do restaurante, corintiano, sócio da Gaviões da Fiel, fanático, o cara com quem eu sempre converso sobre o Timão, semana a semana.
Ele, cabisbaixo, entoava o coro momentâneo de parte da torcida à época: "não dá mais, tá difícil". Eu não negava a ele: "Sim, tá difícil", mas tentava provar pra ele, por A mais B, que não tinha acabado nada, que ainda seríamos favoritos ao título novamente. Meu último post, aqui no Blog, mostra o sentimento.
Não demorou para juntarmos uma pequena roda corintiana no restaurante. A conta era a seguinte: Ralf, que jogara contra o Inter, melhor jogo do Brasileirão, se machucava em definitivo contra o Botafogo (1x1), segundo jogo sem vitória. Desde lá, foram três derrotas e um empate: Ceará (2x2), Atlético-MG (1x2), Atlético-GO (3x4) e Vasco (2x0). Ralf é a alma do meio-de-campo do Corinthians, além de ser o cara que quera o ataque adversário, para que a defesa roube a bola e saia jogando. E ele voltaria contra o Guarani.
Não só ele, mas Chicão, Roberto Carlos, Alessandro, Elias (que tinha ido para a Seleção), Bruno César, Ronaldo. Uma semana depois, teríamos Dentinho. Para completar os doze titulares (sim, doze), só faltaria Jorge Henrique, que só voltaria (ia) em 2011. Com o time titular, tínhamos plenas chances de vencer sete das nove partidas restantes, completar setenta pontos e sermos campeões.
Na ocasião, fiz uma aposta: "se o corinthians não for campeão, pago uma conta dobrada no restaurante".
Me chamaram de louco.
E os dias se passaram e o Corinthians empatou com o Guarani. "Não falei? Você estava louco", todos repetiam. E eu dizia "calma". "Seremos campeões".
E o time começou a voar. ganhou todos os jogos, desde então. E a diferença, que era de três pontos para o Fluminense e de cinco para o Cruzeiro na ocasião da derrota para o Vasco, agora é de um ponto (a favor) do Fluminense e três (também a favor) do Cruzeiro.
CLARO que ainda não acabou. Das sete vitórias que pedi, conseguimos quatro, dois empates. Faltam três jogos, precisamos de três vitórias. Talvez. Dependendo do resultado do Flu, hoje, contra o São Paulo, na Arena Barueri (não esqueçamos que o triolor carioca empatou com o Goiás, no Engenhão), talvez só precisemos de mais duas vitórias em três jogos.
Mais uma vez: CLARO que posso estar errado e precisar pagar a conta dobrada no restaurante, mas acredito que, se ganharmos hoje, do Vitória, no Barradão, seremos campeões, ainda na penúltima rodada. Independente dos resultados do Cruzeiro.
Vamos ver.
Já estou com o coração na boca, tremendo feito um louco, mas tá tudo certo.
"Vamos jogar com raça e com o coração!
É o time do Povo!
É o Coringão!"
Luiz Salles, cotintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a deus!