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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Maior que Tudo Isso

Resolvi escrever uma trilogia corinthiana essa semana. É fim de ano, fim de Brasileiro, fora o Inter, que disputa, no nosso lugar, o Mundial, ninguém quer saber de mais nada:

É tempo de balanços, retrospectivas e perspectivas.

A retrospectiva, eu já fiz, né? Não preciso ficar falando, de novo, de Libertadores, Brasileirão e tal. Todo mundo já sabe a minha opinião sobre as derrotas deste ano. Então, vamos fazer o balanço, já que precisamos saber quem deve ficar e, mais importante, quem pode, quem deve e quem vai, feliz ou infelizmente, sair do elenco, na humilde opinião de quem vos escreve.

Vou começar pelo time titular, depois pego os reservas... rs

Julio César - Pegou o bonde andando, deu conta do recado, sofreu com o desmonte do time pelas contusões (não as suas, claro), fez a diferença na reta final. Vacilou no gol do Goiás, na última rodada, mas, se não fosse por ele, nem chegaríamos lá com chances de tentar. E não foi culpa dele (nem de ninguém, na minha opinião, apesar de eu achar que poderia ser diferente) a apatia do time nos minutos finais do Campeonato. Sejamos realistas: mesmo pessoas como eu, que se forçam a acreditar até o último segundo, tem que admitir que já tinha ido. Até Marcos (o de Palmeiras) já errou assim. Julio é o goleiro para 2011.

Alessandro - Admito: não é o lateral dos meus sonhos. Mas já ouvi falar que é um dos líderes do time dentro e fora do campo. E é do jeitinho que o torcedor do Corinthians (e eu incluso, por mais contraditório que isso possa soar) adora: raçudo, esforçado, não desiste nunca. Sei que estou falando muito do jogo do Goiás, mas é nessas horas que a gente vê quem é o que: o cara, mesmo com o time entregue, estava no campo inteiro. É o nosso lateral e é titular.

Chicão - É o cara. Mas precisa se cuidar mais, pra se machucar menos. Fez falta, tanto na série sem vitórias, quanto no fim do jogo final, quando ficamos sem batedor de faltas pela esquerda.

William - Fará falta, Capitão. No meu próximo post, falarei de quem deve substituí-lo.

Roberto Carlos - O melhor lateral esquerdo que já vi jogar.

Ralf - Essencial.

Jucilei - Craque.

Elias - Vai fazer MUITA falta. Boa sorte lá na Espanha, meu velho, queria que ficasse, naquele esquema que vc disse no meio do ano: contrato vitalício. Infelizmente,te fizeram ir.

Bruno César - Tem muito futuro. Precisa aprender a jogar coletivamente e a acordar mais o jogo todo. Precisa, também, de ajuda, pra dividir a marcação, até porque não é nenhum fenômeno, só é um excelente jogador.

Dentinho - Precisa se acalmar e jogar mais pro grupo, também. Já sabemos do que é capaz, e nossos olhos brilham só de imaginar. Espero que fique.

Ronaldo - O que dizer de um cara que esteve em quatro copas, atuou e três, ganhou duas, é o maior artilheiro de copas em todos os tempos...? Ele tem que se cuidar, pra jogar o máximo de partidas, o melhor que for possível, pra ter a apoteose que sua carreira merece. Nada de melancolia: títulos!

RESERVAS

Bombadilha - Cara, o que você veio fazer aqui? Na boa, sei da sua história com Andrés, muito legal, bonito, mas...

Moacir - Você começou razoável, continuou ruim e terminou péssimo. Sei lá, boa sorte pra onde quer que vá (se for...).

Paulo André - É o cara pra substituir o Capitão, pelo menos dentro do elenco. Esperamos que continue.

Leanro Castán - Já ouviram falar da expressão "reserva de luxo"? É assim que eu vejo essa
dupla de zaga reserva do Timão, que seria titular em 80% dos times brasileiros da Série A.

Tiago Heleno - Aposta errada. Mas é novo. Dizem que tem futuro. Vamos ver.

Dodô - Boa aposta pro futuro, mas parece que estão querendo esconder o garoto...

Edu - Bom fim de carreira...

Paulinho - Bom reserva para Elias, péssimo reserva para Ralf. Veremos...

Boquita - Seria a hora de ir, não seria?

Danilo - Ótimo reserva. Vamos ter que ver se vai se contentar com isso.

Defederico - Moeda de troca???

William Morais - Boa promessa. Parece ser craque.

Iarley - O que pensar desse cara? Acho que funciona esquema Tupãzinho...

Jorge Henrique - Craque.

Souza - Mais uma chance a ele...

Taubaté - Sem nota (rs).

Deu pra ver que nosso elenco é bom. precisa contratar uns reservas e umas peças pra repor as possíveis e as consumadas perdas... próximo Post, falo de tudo isso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Não foi hoje. Quem sabe, amanhã!

É difícil escrever num momento como esse, não é?

Muito.

Mas acho que nós não podemos baixar nossas cabeças: parece clichê, mas, um campeonato perdido nos detalhes, depois de muita luta, na última rodada, não significa que perdemos o primeiro lugar. Conquistamos o terceiro.

Claro que não fomos um time perfeito, mas quem foi? Começamos muito bem, e íamos bem enquanto tínhamos nosso técnico, Mano Menezes, que, apesar de criticado por muitos, era um cara que sabia as peças que tinha no elenco e as tinha à disposição, para o que desse e viesse. Éramos líderes e, em nome do bom relacionamento do nosso presidente com o da CBF (isso, eu não aprovo de jeito nenhum), Mano foi pra seleção.

Mano. O nosso Mano. O Mano dos manos.

Mas tudo bem. Nossa diretoria tinha um ás na manga, que parecia muito bom - muito bom, mesmo. Tão bom que eu aprovara de imediato e alimentava a esperança de que Adílson Batista fosse ainda melhor que Mano, uma vez que fora técnico de um cruzeiro que jogava bonito sem desguarnecer da defesa, coisas que Mano não conseguia consiliar, mesmo que em sua vitoriosa trajetória.

Começou bem, mas Adílson perdeu o fio da meada, se indispôs com o grupo e, de repente, vimos William, Chicão, Ralf, Ronaldo, Jorge Henrique, Dentinho, Bruno César e, até mesmo, os incontundíveis Alessandro e Roberto Carlos foram parar no Departamento Médico, e amargamos uma sequência de sete jogos sem vencer. Sem Ralf, foram quatro derrotas e um empate!

Daí, Adílson teve que sair (melhor pra ele, melhor pra nós), Tite veio, voltaram Ralf (!), William, Chicão, Ronaldo, Bruno César, Roberto Carlos e Alessandro e, então, vencemos (ops! engano: empatamos! No campeonato que compramos, nos tiraram DOIS GOLS contra o Bugre) o Guarani!

E aí, veio o lema: "enquanto há vida, há esperança". Ou, como sabiamente alterou Yule Bisetto, blogueira do Globoesporte.com, "enquanto há CORINTHIANS, há esperança e, de lá pra cá, foram só dois empates e o resto de vitórias.

E ainda voltaram Dentinho e Jorge Henrique - este último, que só voltaria ano que vem (!).

Se nosso final de campeonato foi tão bom, por que, então, um time, que nunca saiu dos três primeiros lugares, não conseguiu ser campeão?

Será que foi porque o Palmeiras e o São Paulo entregaram seus jogos? Não acho. Mesmo que o tiverem feito, o Corinthians tinha time pra fazer melhor e não depender destes tropeços do Fluminense. Claro que, em condições normais, eu concordo que o Flu nunca faria seis pontos aqui em São Paulo, mas, enfim...

Então, foram os jogadores que não tiveram vontade? Também discordo. Em partes, também, mas discordo. Sei que disse, aqui, da apatia do time contra o Vasco, e esse foi um dos jogos-chave, pelo menos pra mim, mas, vendo o que o time fez nas últimas rodadas, não dá pra acreditar em falta de vontade.

Então, foi o jogo contra o Vitória... e contra o Goiás, também? Olha... o empate no Barradão é um resultado absolutamente normal e, no Serra Dourada, mesmo que eu tenha dito - e, realmente, acreditei até o último segundo - é possível acreditar no desânimo dos jogadores, depois de saber do gol do Flu.

O que foi, então? Sinceramente, um pouco de tudo e mais um pouco.

E não podemos esquecer que, do lado do Flu, tinha o técnico que, depois deste, ganhou quatro dos últimos cinco Campeonatos Brasileiros. E, do lado do Cruzeiro, tinha um time muito respeitável. E vamos lembrar, também, que, num campeonato de 38 rodadas, nove meses, sempre há percalços, sempre há detalhes, detalhes e mais detalhes. Perdemos hoje, venceremos amanhã.

E sabe por que tenho esta certeza? Porque o Corinthiano (sim, assumi o Corinthiano com H) não vive só de títulos.

Nós somos muito mais do que isso.

Nós vivemos de CORINTHIANS.

Mesmo.

Luiz Salles, cotintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a deus!