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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"ad infinitum"

Eleições sempre são complicadas: é difícil julgar se alguém está fazendo as coisas da maneira certa ou se estão fazendo só pela campanha, como uma forma de se arrebanhar leitores e se eleger.

Eu posso até dizer que reeleição é uma coisa muito complicada em qualquer esfera da sociedade. Apesar de, às vezes, parecer uma coisa legal e tal - às vezes a pessoa realmente fez um bom trabalho e talvez mereça se manter no poder por mais um mandato -, mas é algo para realmente se pensar se quem faz um bom mandato deve mesmo se manter em um cargo eletivo.

Por mais vezes do que posso contar, já se viu que a alternância de poder traz um respiro saudável a entidades que a praticam.

Não que essa alternância seja praticada por poderes opostos, não, não necessariamente, mas, mesmo que seja entre o mesmo lado do poder, trocar o nome do líder, trazer uma nova cabeça pensante, um novo cérebro, com novas idéias e novos pontos-de-vista, novos problemas a serem focados é benéfico.

Seguir a fórmula do "em time que se ganha não se mexe" é tão errado quanto dizer que 2+2=5, haja visto o que aconteceu com o Corinthians bi-campeão Brasileiro e campeão Mundial da última década, ou o Palmeiras campeão de tudo e da Libertadores da mesma década. Os velhinhos, ex-presidentes de ambas agremiações, deixaram heranças mais do que malditas a seus sucessores, na esperança de que "nunca" deixariam o poder, para não terem seus rombos encontrados e, quando sofreram "golpes" para deixar o poder, viram que estavam muito errados a respeito da "vitalicidade" de seus mandatos.

O São Paulo, clube tão grande quanto os outros dois, há algum tempo vem praticando uma alternância de poder e, apesar de todos termos nossas dúvidas quanto à idoneidade de um e de outro, vemos que, apesar de o clube ter amargado seus seis ou oito anos sem títulos de expressão, mais uns três ou quatro anos morrendo na praia, sempre contra o Corinthians, o São Paulo nunca deixou de chegar nas cabeças e, hoje, goza de uma estabilidade financeira absurdamente superior a qualquer outro clube nacional. De dar inveja MESMO.

Já o Santos, parece estar trilhando o caminho dos que seguiram a Teoria do Caos. Está esperando o fundo do poço para, quem sabe, dar um basta no "Império Teixeira" (que, na cidade, só não é maior que o "Império Mendes", que, para a sorte dos Santistas, deve estar mais interessado na Briosa que no Peixe). Só que nós, corintianos, amigos que somos, podemos avisar: o poço não tem fundo. É preciso dar um basta antes que a escalada para a superfície não seja tão longa e cansativa.

Daí, tanto Palmeiras quanto Corinthians, resolveram mudar seus estatutos e adentrar ao primeiro mundo da democracia. Tiveram novos presidentes eleitos e ambos, detro das limitações impostas pelos buracos orçamentários deixados pelos impérios anteriores, parecem estar fazendo gestões responsáveis e calcadas na reerição da glória e da conta bancária dos clubes. Bonito.

Mas é importante avisar ambos, senhor Andrés Sanches e senhor Samuel Hugo Palaia, que isso não significa que eles precisam, ou mereçam, extensões de mandato ou reeleições.

É importante embrar que ambos têm esqueletos no armário e fizeram parte da patota dos antecessores e estão sujos até o pescoço, até que me provem do contrário.

E o senhor Andrés, quetrouxe, acertadamente, o voto popular ao Corinthians, já foi fazer "campanha" às escondidas com a Gaviões da Fiel, pois ele sabe que, sem as organizadas, ele não se reelege.

Eu posso até estar errado, mas adoraria ver Citdine na presidência do Corinthians. Ele pode até ter feito parte da patota do Dualib, mas farejou a sujeira da MSI e não só pulou fora, como fez oposição ferrenha ao "título a qualquer custo".

Luiz Salles, corintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a Deus!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quase três meses se passaram, entre trabalho, stress e problemas de saúde (pormenorizados no meu outro Blog, o Pra Todo Mundo Ler) e estou aqui, de volta, depois de perder uma imensidão de jogos do Timão, rodadas do Campeonato Brasileiro, uma Olimpíada inteira, num país curiosíssimo e vários outros eventos esportivos.

Mas tudo bem.

Pelo menos, com os eventos já passados, dá pra fazer uma análise mais completa, sem a chance de errar (heheh).

Começando pelo mais importante: as Olimpíadas.

A maior delegação do esporte brasileiro na história em Olimpíadas já seria um motivo enorme de comemoração. Foram vários atletas brasileiros a Pequim, uma cidade horroros num país maravilhoso, e todos eles já poderiam - e deveriam - se considerar vencedores só por isso.

Aqui, onde um atleta de alto rendimento, que precisa dedicar a sua vida ao esporte que pratica, recebe uma esmola de menos de R$500 por mês de um banco estatal para tal não pode ser cobrado do jeito que nossos atletas foram a vencer.

Aqui, no Brasil, não há investimento em esporte. Pelo menos, não o suficiente. E, aqui, a máxima de que "o importante é competir", "estar presente", "fazer número" é muito importante, SIM!

"Ah, mas o Brasil ficou atrás de países como Jamaica, Quênia, Etiópia... duvido que estes países tenham mais investimento em esporte do que o Brasil". Concordo. Mas, daí, você verá que o Brasil só não trouxe mais medalhas - e de ouro - por circunstâncias DO ESPORTE.

Você é um atleta, treina quatro anos pra fazer uma coisa, mas, no dia de competir, você acordou com o pé esquerdo. É algo que acontece! Todos nós temos dias ruins em nossas vidas. Infelizmente, claro, estes dias afligiram nossos atletas mais comumente do que gostaríamos, mas paciência: é a VIDA. Quantas vezes você, professor, não passou a semana inteira preparando uma aula especial e, na hora, teve um branco e esqueceu o que tinha que falar? Ou você, empresário, preparou aquela apresentação para seu supervisor, daquele projeto inovador, revolucionário, e o projetor deu pau, e você teve que se contentar a apresentar com uma lousa de caneta hidrográfica?

"Shit happens", como diriam nossos amigos, ex-"maior potência olímpica do mundo", americanos.

E, olha, tem que parar esse negócio de atleta vir na TV pedir desculpas porque não ganhou! Que história é essa? Ninguém deve nada a ninguém, e só eles mesmos sabem o que é perder levando um país inteiro nas costas! País, esse, que só está ao lado das pessoas quando elas estão ganhando! Pô! Assim é fácil torcer, não é?

Excessão feita ao futebol masculino, que, como todos vimos, foi o único caso de derrota por falta de vontade. E, olha que coincidência, os únicos que recebem até mais dinheiro do que devem pra fazer o que fazem!

Esses não vieram às nossas casas, pela TV, pedir desculpas por terem sido derrotados vergonhosamente.

E, antes que eu me esqueça, parabéns Diego Hipólito, Jade Barbosa, Daiane dos Santos, toda a equipe de ginastas do brasil, os atletas, incluso Jadel Gregório, lutador, os nadadores, os esportistas coletivos em geral, em especial os do vôlei masculino, que perderam, mas perderam lutando até o final, com garra, força e muito talento. Todos muito vencedores.

E outro parabéns à Maurren Magi, que enfrentou os revezes e os maldosos e ganhou uma medalha linda, que valeu por todos os anos e competições que não pôde disputar em vários anos de gancho injusto.

Para o César Cielo, as meninas do Vôlei, que me fizeram queimar a minha língua (com o mais delicioso dos chocolates... rs), o Zé Roberto Guimarães, o pessoal da Vela, do judô, enfim... os outros esportes... não dá pra falar de todo mundo, né?

Como eu já disse, a maior delegação olímpica brasileira em todos os tempos!

Bom, falamos de Olimpíadas, vamos ao Coringão!

Subimos.

Minha mãe sempre diz "é bom não contar com o ovo dentro da galinha", mas não dá.

Deu.

Adeus Segundona.

Se prepara, lambarizada!

Não vai ser tão fácil assim pra vocês!

Luiz Salles, corintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a Deus!