Eu posso até dizer que reeleição é uma coisa muito complicada em qualquer esfera da sociedade. Apesar de, às vezes, parecer uma coisa legal e tal - às vezes a pessoa realmente fez um bom trabalho e talvez mereça se manter no poder por mais um mandato -, mas é algo para realmente se pensar se quem faz um bom mandato deve mesmo se manter em um cargo eletivo.
Por mais vezes do que posso contar, já se viu que a alternância de poder traz um respiro saudável a entidades que a praticam.
Não que essa alternância seja praticada por poderes opostos, não, não necessariamente, mas, mesmo que seja entre o mesmo lado do poder, trocar o nome do líder, trazer uma nova cabeça pensante, um novo cérebro, com novas idéias e novos pontos-de-vista, novos problemas a serem focados é benéfico.
Seguir a fórmula do "em time que se ganha não se mexe" é tão errado quanto dizer que 2+2=5, haja visto o que aconteceu com o Corinthians bi-campeão Brasileiro e campeão Mundial da última década, ou o Palmeiras campeão de tudo e da Libertadores da mesma década. Os velhinhos, ex-presidentes de ambas agremiações, deixaram heranças mais do que malditas a seus sucessores, na esperança de que "nunca" deixariam o poder, para não terem seus rombos encontrados e, quando sofreram "golpes" para deixar o poder, viram que estavam muito errados a respeito da "vitalicidade" de seus mandatos.
O São Paulo, clube tão grande quanto os outros dois, há algum tempo vem praticando uma alternância de poder e, apesar de todos termos nossas dúvidas quanto à idoneidade de um e de outro, vemos que, apesar de o clube ter amargado seus seis ou oito anos sem títulos de expressão, mais uns três ou quatro anos morrendo na praia, sempre contra o Corinthians, o São Paulo nunca deixou de chegar nas cabeças e, hoje, goza de uma estabilidade financeira absurdamente superior a qualquer outro clube nacional. De dar inveja MESMO.
Já o Santos, parece estar trilhando o caminho dos que seguiram a Teoria do Caos. Está esperando o fundo do poço para, quem sabe, dar um basta no "Império Teixeira" (que, na cidade, só não é maior que o "Império Mendes", que, para a sorte dos Santistas, deve estar mais interessado na Briosa que no Peixe). Só que nós, corintianos, amigos que somos, podemos avisar: o poço não tem fundo. É preciso dar um basta antes que a escalada para a superfície não seja tão longa e cansativa.
Daí, tanto Palmeiras quanto Corinthians, resolveram mudar seus estatutos e adentrar ao primeiro mundo da democracia. Tiveram novos presidentes eleitos e ambos, detro das limitações impostas pelos buracos orçamentários deixados pelos impérios anteriores, parecem estar fazendo gestões responsáveis e calcadas na reerição da glória e da conta bancária dos clubes. Bonito.
Mas é importante avisar ambos, senhor Andrés Sanches e senhor Samuel Hugo Palaia, que isso não significa que eles precisam, ou mereçam, extensões de mandato ou reeleições.
É importante embrar que ambos têm esqueletos no armário e fizeram parte da patota dos antecessores e estão sujos até o pescoço, até que me provem do contrário.
E o senhor Andrés, quetrouxe, acertadamente, o voto popular ao Corinthians, já foi fazer "campanha" às escondidas com a Gaviões da Fiel, pois ele sabe que, sem as organizadas, ele não se reelege.
Eu posso até estar errado, mas adoraria ver Citdine na presidência do Corinthians. Ele pode até ter feito parte da patota do Dualib, mas farejou a sujeira da MSI e não só pulou fora, como fez oposição ferrenha ao "título a qualquer custo".
Luiz Salles, corintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a Deus!