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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quase três meses se passaram, entre trabalho, stress e problemas de saúde (pormenorizados no meu outro Blog, o Pra Todo Mundo Ler) e estou aqui, de volta, depois de perder uma imensidão de jogos do Timão, rodadas do Campeonato Brasileiro, uma Olimpíada inteira, num país curiosíssimo e vários outros eventos esportivos.

Mas tudo bem.

Pelo menos, com os eventos já passados, dá pra fazer uma análise mais completa, sem a chance de errar (heheh).

Começando pelo mais importante: as Olimpíadas.

A maior delegação do esporte brasileiro na história em Olimpíadas já seria um motivo enorme de comemoração. Foram vários atletas brasileiros a Pequim, uma cidade horroros num país maravilhoso, e todos eles já poderiam - e deveriam - se considerar vencedores só por isso.

Aqui, onde um atleta de alto rendimento, que precisa dedicar a sua vida ao esporte que pratica, recebe uma esmola de menos de R$500 por mês de um banco estatal para tal não pode ser cobrado do jeito que nossos atletas foram a vencer.

Aqui, no Brasil, não há investimento em esporte. Pelo menos, não o suficiente. E, aqui, a máxima de que "o importante é competir", "estar presente", "fazer número" é muito importante, SIM!

"Ah, mas o Brasil ficou atrás de países como Jamaica, Quênia, Etiópia... duvido que estes países tenham mais investimento em esporte do que o Brasil". Concordo. Mas, daí, você verá que o Brasil só não trouxe mais medalhas - e de ouro - por circunstâncias DO ESPORTE.

Você é um atleta, treina quatro anos pra fazer uma coisa, mas, no dia de competir, você acordou com o pé esquerdo. É algo que acontece! Todos nós temos dias ruins em nossas vidas. Infelizmente, claro, estes dias afligiram nossos atletas mais comumente do que gostaríamos, mas paciência: é a VIDA. Quantas vezes você, professor, não passou a semana inteira preparando uma aula especial e, na hora, teve um branco e esqueceu o que tinha que falar? Ou você, empresário, preparou aquela apresentação para seu supervisor, daquele projeto inovador, revolucionário, e o projetor deu pau, e você teve que se contentar a apresentar com uma lousa de caneta hidrográfica?

"Shit happens", como diriam nossos amigos, ex-"maior potência olímpica do mundo", americanos.

E, olha, tem que parar esse negócio de atleta vir na TV pedir desculpas porque não ganhou! Que história é essa? Ninguém deve nada a ninguém, e só eles mesmos sabem o que é perder levando um país inteiro nas costas! País, esse, que só está ao lado das pessoas quando elas estão ganhando! Pô! Assim é fácil torcer, não é?

Excessão feita ao futebol masculino, que, como todos vimos, foi o único caso de derrota por falta de vontade. E, olha que coincidência, os únicos que recebem até mais dinheiro do que devem pra fazer o que fazem!

Esses não vieram às nossas casas, pela TV, pedir desculpas por terem sido derrotados vergonhosamente.

E, antes que eu me esqueça, parabéns Diego Hipólito, Jade Barbosa, Daiane dos Santos, toda a equipe de ginastas do brasil, os atletas, incluso Jadel Gregório, lutador, os nadadores, os esportistas coletivos em geral, em especial os do vôlei masculino, que perderam, mas perderam lutando até o final, com garra, força e muito talento. Todos muito vencedores.

E outro parabéns à Maurren Magi, que enfrentou os revezes e os maldosos e ganhou uma medalha linda, que valeu por todos os anos e competições que não pôde disputar em vários anos de gancho injusto.

Para o César Cielo, as meninas do Vôlei, que me fizeram queimar a minha língua (com o mais delicioso dos chocolates... rs), o Zé Roberto Guimarães, o pessoal da Vela, do judô, enfim... os outros esportes... não dá pra falar de todo mundo, né?

Como eu já disse, a maior delegação olímpica brasileira em todos os tempos!

Bom, falamos de Olimpíadas, vamos ao Coringão!

Subimos.

Minha mãe sempre diz "é bom não contar com o ovo dentro da galinha", mas não dá.

Deu.

Adeus Segundona.

Se prepara, lambarizada!

Não vai ser tão fácil assim pra vocês!

Luiz Salles, corintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a Deus!

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