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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Não foi hoje. Quem sabe, amanhã!

É difícil escrever num momento como esse, não é?

Muito.

Mas acho que nós não podemos baixar nossas cabeças: parece clichê, mas, um campeonato perdido nos detalhes, depois de muita luta, na última rodada, não significa que perdemos o primeiro lugar. Conquistamos o terceiro.

Claro que não fomos um time perfeito, mas quem foi? Começamos muito bem, e íamos bem enquanto tínhamos nosso técnico, Mano Menezes, que, apesar de criticado por muitos, era um cara que sabia as peças que tinha no elenco e as tinha à disposição, para o que desse e viesse. Éramos líderes e, em nome do bom relacionamento do nosso presidente com o da CBF (isso, eu não aprovo de jeito nenhum), Mano foi pra seleção.

Mano. O nosso Mano. O Mano dos manos.

Mas tudo bem. Nossa diretoria tinha um ás na manga, que parecia muito bom - muito bom, mesmo. Tão bom que eu aprovara de imediato e alimentava a esperança de que Adílson Batista fosse ainda melhor que Mano, uma vez que fora técnico de um cruzeiro que jogava bonito sem desguarnecer da defesa, coisas que Mano não conseguia consiliar, mesmo que em sua vitoriosa trajetória.

Começou bem, mas Adílson perdeu o fio da meada, se indispôs com o grupo e, de repente, vimos William, Chicão, Ralf, Ronaldo, Jorge Henrique, Dentinho, Bruno César e, até mesmo, os incontundíveis Alessandro e Roberto Carlos foram parar no Departamento Médico, e amargamos uma sequência de sete jogos sem vencer. Sem Ralf, foram quatro derrotas e um empate!

Daí, Adílson teve que sair (melhor pra ele, melhor pra nós), Tite veio, voltaram Ralf (!), William, Chicão, Ronaldo, Bruno César, Roberto Carlos e Alessandro e, então, vencemos (ops! engano: empatamos! No campeonato que compramos, nos tiraram DOIS GOLS contra o Bugre) o Guarani!

E aí, veio o lema: "enquanto há vida, há esperança". Ou, como sabiamente alterou Yule Bisetto, blogueira do Globoesporte.com, "enquanto há CORINTHIANS, há esperança e, de lá pra cá, foram só dois empates e o resto de vitórias.

E ainda voltaram Dentinho e Jorge Henrique - este último, que só voltaria ano que vem (!).

Se nosso final de campeonato foi tão bom, por que, então, um time, que nunca saiu dos três primeiros lugares, não conseguiu ser campeão?

Será que foi porque o Palmeiras e o São Paulo entregaram seus jogos? Não acho. Mesmo que o tiverem feito, o Corinthians tinha time pra fazer melhor e não depender destes tropeços do Fluminense. Claro que, em condições normais, eu concordo que o Flu nunca faria seis pontos aqui em São Paulo, mas, enfim...

Então, foram os jogadores que não tiveram vontade? Também discordo. Em partes, também, mas discordo. Sei que disse, aqui, da apatia do time contra o Vasco, e esse foi um dos jogos-chave, pelo menos pra mim, mas, vendo o que o time fez nas últimas rodadas, não dá pra acreditar em falta de vontade.

Então, foi o jogo contra o Vitória... e contra o Goiás, também? Olha... o empate no Barradão é um resultado absolutamente normal e, no Serra Dourada, mesmo que eu tenha dito - e, realmente, acreditei até o último segundo - é possível acreditar no desânimo dos jogadores, depois de saber do gol do Flu.

O que foi, então? Sinceramente, um pouco de tudo e mais um pouco.

E não podemos esquecer que, do lado do Flu, tinha o técnico que, depois deste, ganhou quatro dos últimos cinco Campeonatos Brasileiros. E, do lado do Cruzeiro, tinha um time muito respeitável. E vamos lembrar, também, que, num campeonato de 38 rodadas, nove meses, sempre há percalços, sempre há detalhes, detalhes e mais detalhes. Perdemos hoje, venceremos amanhã.

E sabe por que tenho esta certeza? Porque o Corinthiano (sim, assumi o Corinthiano com H) não vive só de títulos.

Nós somos muito mais do que isso.

Nós vivemos de CORINTHIANS.

Mesmo.

Luiz Salles, cotintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a deus!

Um comentário:

Pablo Alberto disse...

Parabéns pelo post, perfeito!
Vai Corinthians!