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domingo, 21 de novembro de 2010

"É o time do Povo! É o Coringão!"

Era a vigésima nona rodada do Brasileirão. O Corinthians tinha acabado de fazer o "jogo a menos" que tinha, contra o Vasco, e completava seis jogos sem uma vitória. Adílson acabava de ser demitido e eu, ao ir almoçar, conversava com o dono do restaurante, corintiano, sócio da Gaviões da Fiel, fanático, o cara com quem eu sempre converso sobre o Timão, semana a semana.
Ele, cabisbaixo, entoava o coro momentâneo de parte da torcida à época: "não dá mais, tá difícil". Eu não negava a ele: "Sim, tá difícil", mas tentava provar pra ele, por A mais B, que não tinha acabado nada, que ainda seríamos favoritos ao título novamente. Meu último post, aqui no Blog, mostra o sentimento.
Não demorou para juntarmos uma pequena roda corintiana no restaurante. A conta era a seguinte: Ralf, que jogara contra o Inter, melhor jogo do Brasileirão, se machucava em definitivo contra o Botafogo (1x1), segundo jogo sem vitória. Desde lá, foram três derrotas e um empate: Ceará (2x2), Atlético-MG (1x2), Atlético-GO (3x4) e Vasco (2x0). Ralf é a alma do meio-de-campo do Corinthians, além de ser o cara que quera o ataque adversário, para que a defesa roube a bola e saia jogando. E ele voltaria contra o Guarani.
Não só ele, mas Chicão, Roberto Carlos, Alessandro, Elias (que tinha ido para a Seleção), Bruno César, Ronaldo. Uma semana depois, teríamos Dentinho. Para completar os doze titulares (sim, doze), só faltaria Jorge Henrique, que só voltaria (ia) em 2011. Com o time titular, tínhamos plenas chances de vencer sete das nove partidas restantes, completar setenta pontos e sermos campeões.
Na ocasião, fiz uma aposta: "se o corinthians não for campeão, pago uma conta dobrada no restaurante".
Me chamaram de louco.
E os dias se passaram e o Corinthians empatou com o Guarani. "Não falei? Você estava louco", todos repetiam. E eu dizia "calma". "Seremos campeões".
E o time começou a voar. ganhou todos os jogos, desde então. E a diferença, que era de três pontos para o Fluminense e de cinco para o Cruzeiro na ocasião da derrota para o Vasco, agora é de um ponto (a favor) do Fluminense e três (também a favor) do Cruzeiro.
CLARO que ainda não acabou. Das sete vitórias que pedi, conseguimos quatro, dois empates. Faltam três jogos, precisamos de três vitórias. Talvez. Dependendo do resultado do Flu, hoje, contra o São Paulo, na Arena Barueri (não esqueçamos que o triolor carioca empatou com o Goiás, no Engenhão), talvez só precisemos de mais duas vitórias em três jogos.
Mais uma vez: CLARO que posso estar errado e precisar pagar a conta dobrada no restaurante, mas acredito que, se ganharmos hoje, do Vitória, no Barradão, seremos campeões, ainda na penúltima rodada. Independente dos resultados do Cruzeiro.
Vamos ver.
Já estou com o coração na boca, tremendo feito um louco, mas tá tudo certo.
"Vamos jogar com raça e com o coração!
É o time do Povo!
É o Coringão!"
Luiz Salles, cotintiano, maloqueiro, roxo, louco, sofredor, graças a deus!

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