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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

101

101.

Não, não estou começando a escrita binária de algum código em linguagem de computadores, esta é a idade que, hoje, completa um dos mais tradicionais clubes do mundo: o CORINTHIANS.

Ontem, depois do 3x2 contra os gaúchos de azul (era pra ser mais pro Corinthians, menos pros gaúchos de azul, mas a corneta vai ficar guardada, hoje), depois de ver os da Turiassú, da Vila Sônia e os cariocas de vermelho e preto (como é? os catarinenses azuis só tinha ganhado do Corinthians, na Ressacada?) ficando mais longe, eu já estava feliz, mas, qual não foi a minha surpresa, quando me preparava para dormir, na virada da meia-noite, quando comecei a escutar os rojões em festa pelo ano de 101.

E eu sei que, neste momento, vai ter um monte de gente invejosa, dos outros clubes da capital, outro que é do litoral e os de outras capitais, também, argumentando que é um clube sem história, sem estádio e blá, blá blá. Mas estes também ficam na gaveta, hoje.

Um clube que nasceu à luz de um lampião, numa reunião de operários num bairro operário, "do povo para o povo" (o único de São Paulo que tem seu marco zero cravado na calçada), o maior campeão Paulista da história, campeão de todos os campeonatos históricos que disputou, quatro vezes campeão Brasileiro (o quinto campeonato está chegando...), CAMPEÂO MUNDIAL DE CLUBES (e o primeiro reconhecido pela FIFA).

Um clube que conseguiu dividir o Maracanã com o Fluminense numa semifinal de campeonato Brasileiro, parando o país, pois a Via Dutra era só nossa no caminho São Paulo-Rio.

Um clube que, ao contrário dos outros, ficou 23 anos sem vencer um campeonato e, ao invés de quase sumir (como os do litoral) ou virar um campo de batalha (como os da Turiassú, hoje), virou o que é: a maior torcida do maior Estado da Federação, o maior clube, o time a ser vencido por todos, o mais invejado.

(Pausa para dar moral a outro clube: dentro do que estou falando agora, me desculpem os do litoral - convivi com eles minha vida toda, sou de Santos -, me desculpem os da Vila Sônia - por mais que vocês tenham ganhado títulos recentemente, por mais que estejam com o nariz mais empinado do universo, mas os únicos rivais do Corinthians são os da Turiassú)

101.

E está óbvio que o melhor está por vir. Preciso fazer justiça, aqui, e dizer que houve um divisor de águas na gestão do Corinthians, desde que fomos para o limbo, em 2008. Aliás, nem conheço o termo direito, mas acredito que tenha havido um "choque de gestão", quando a gestão anterior, que venceu títulos, é verdade, mas colocou o clube na bancarrota, saiu, para entrar o atual presidente, Andrés Sanches, que modernizou a direção, construiu um belo patrimônio físico para o Clube, com o CT mais moderno do País, dando infra-estrutura para queles dos quais só era exigido raça, em campo, e, agora, podemos exigir mais, e o início da construção da nossa terra Santa, a Judéia para o Povo Hebreu: O Estádio em Itaquera.

(Mais uma pausa, para mais uma explicação: não é que nós não tínhamos um estádio. Temos o Alfredo Schürig, lá no Parque São Jorge, mas um estádio para 18 mil pessoas, com todo o respeito aos do litoral, há meio século já é pequeno demais e, com todo o respeito aos cariocas, o Pacaembú, apesar de ter sido nossa casa este tempo todo, é público e time grande não pode ficar morando de aluguel. Isso sem contar o estádio da Vila Sônia, que, apesar de ter sido, em várias ocasiões, o Salão Para Festas Corinthianas, também não é nosso)

Aí, os invejosos vão dizer: "Mas vocês não têm a Libertadores".

A estes, eu digo: "calma". Lá na década de 80, quando já éramos o maior campeão Paulista, quando os campeonatos estaduais eram mais longos, mais difíceis e, até, mais importantes do que o Brasileiro, e ninguém ligava pra essa tal de Libertadores, diziam que o Corinthians só ganhava Paulista. Daí, em 90, o Neto ganhou nosso primeiro Brasileiro e correram e acharam a tal da Copa Toyota. Um jogo que, antes, ninguém dava a mínima e, até a FIFA criar um mundial de verdade, nem os Europeus ligavam. Daí, o Corinthians ganhou o primeiro que valeu. E, daí, passaram a dar um valor muito maior a um torneio que, sim, é importante, mas não é o único que existe.

(Mais uma pausa: até ontem, a Inter de Milão não tinha uma Champions League. Um dia a Libertadores vai ganhar um Corinthians na sua galeria de campeões. E vai se tornar um torneio mais respeitável)

E, hoje, podemos comemorar, depois que quase duas décadas de obscuridade e corrupção, o fato de sermos pioneiros no nosso país na transpaência de gestão, com relatórios financeiros e institucionais com base em regulamentos de instituições internacionais de transparência, pioneiros, também, em preocupação ambiental, pois, dentre várias atitudes do nosso clube, a cada jogo do Corinthians, a cada jogo que o Júlio César não sofre gols e a cada gol que nossos jogadores marcam plantamos cem árvores numa reserva, somos o único clube brasileiro a ter um canal de TV com programação 100% nossa, o clube brasileiro com maior espaço em mídia, maior faturamento (e o quarto maior patrocínio de camisa do mundo, perdendo apenas para Manchester United, Real Madrid e Bayern de Munique) e maior fluxo de caixa e, além de tudo isso, somos líderes do campeonato Brasileiro.

Quer mais?

Acho que só as vitórias, né? Porque é assim que somos felizes, os corinthianos (com "th", mesmo): de vitória em vitória.

Parabéns, Corinthians.

101.

Um comentário:

Silvia Salles disse...

LINDO, simplesmente!!!parabens Corinthianos!